Desemprego no Brasil

Desemprego jovem no Brasil

O Brasil tem conseguido melhorar o nível de emprego da população nos últimos anos, mas não para toda a gente. Os jovens têm três vezes mais riscos de ficarem desempregados no País do que um adulto, mostra a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE).
A principal recomendação da OCDE para melhorar o desemprego entre os jovens é aumentar o investimento em educação, além de procurarem outras medidas para estimular, seja por meio de redução de custos ou a contratação das pessoas mais novas. O documento, destaca que em 2012 um quarto das pessoas com idade para trabalhar no Brasil tinha entre 15 e 24 anos. Entre os desempregados, 46% eram jovens.
O relatório ressalta que o Brasil tem aumentado os investimentos em educação nos últimos anos, mas o nível permanece abaixo de outros países da OCDE. Argentina, Chile e México, por exemplo, investem mais que a média, destaca o relatório. Em 2010, o Brasil investiu 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, abaixo da média de 6,3% dos países da organização, apesar de ter uma proporção de jovens dentro na população acima da maioria dos países do grupo.
O mercado de trabalho para os jovens no Brasil é muito desigual, destaca o relatório, sobretudo entre as regiões do País e em termos raciais. A probabilidade de uma jovem negra que mora no Nordeste ficar desempregada é de 28,6%, enquanto na região Sul é de 7,6%.
O relatório cita ainda outros problemas do mercado de trabalho no Brasil que desencorajam a contratação de pessoas mais novas. Pelo lado da oferta, muitos jovens não têm as qualificações necessárias. Pelo lado da procura, as empresas podem ficar desencorajadas em contratar jovens por causa dos altos custos da contratação no Brasil para padrões internacionais.
Por isso, além da melhoria da educação, o Brasil necessita de criar condições mais favoráveis para os empregadores contratarem os mais novos, seja criando um salário mínimo para jovens ou via subsídios