AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E AS TÉCNICAS ARTÍSTICAS
Alexandre Valença Alves Barbosa - Bacharel em Comunicação Social – UNISANTOS
Mestrando em Comunicação e Cultura – ECA/USP - Ilustrador e Chargista
Desde tempos mais remotos o homem procura uma forma de comunicação capaz de expressar não apenas o seu cotidiano, mas a sua visão subjetiva em relação ao mundo. Escultura, pintura, arquitetura, dança, música são produtos desta busca constante da nossa espécie, no sentido de tornar palpável o intangível, de esclarecer aos outros o que vemos e sentimos.
Com a evolução do homem e dos processos de comunicação, a forma de passar adiante estas idéias e conceitos foi ficando cada vez mais sofisticada.
O Renascimento do século XV despertou os conceitos que continuam vivos até hoje: perspectiva, anatomia, luz e sombra, e cores passaram a fazer parte dos parâmetros básicos dos artistas e, gradativamente, da maioria das pessoas.
Os artesãos do Renascimento também geraram o que podemos considerar o princípio do processo cultural e artístico de massa, através das reproduções xilográficas e da prensa de tipos móveis de Gutenberg.
Com a Revolução Industrial o processo dá um novo salto e novas formas de expressão artística surgem, cristalizando-se entre o final do século XIX e começo do século XX, entre elas o cinema, a fotografia e as histórias em quadrinhos.
Os autores de histórias em quadrinhos desse período são os precursores de uma linguagem que mesclaria os conceitos literários e artísticos. Mas definir o estilo empregado por estes precursores seria muito difícil. O que podemos identificar é uma tendência a buscar, em traços rápidos e às vezes caricaturais, uma forma de narrativa gráfica.
Mas a caricatura e a rapidez no traço não podem ser considerados parâmetros eternos para as histórias em quadrinhos, pois assim como em outras formas de expressão artísticas, os autores adaptaram-se às tendências de sua época.
Os primeiros traços
Para falarmos de história