Descriminação

Comentário ao Filme
CLASS DIVIDED

O filme leva-nos ao ano de 1968, quando Jane Elliot, resolve fazer uma experiência com os seus alunos, o tema é a descriminação racial.
Assim, divide a turma em duas cores distintas, os meninos de olhos azuis e os meninos de olhos castanhos (“Blue eyes/Brown eyes”). Atribuiu aos meninos de olhos azuis todos os privilégios, elogiava-os, alimentando assim o seu ego e a sua auto-estima, e aos meninos de olhos castanhos, tirou-lhes todas as regalias e como se não fosse suficiente passaram ainda a usar um colarinho que os distinguia dos melhores. Eram assim ridicularizados e tratados de maneira diferente pelos próprios colegas e pela professora que tão somente dividiu a turma e distribuiu as diferenças. Após uns dias, os papéis inverteram-se e passam os meninos de olhos azuis a serem considerados os “inferiores” em relação aos de olhos castanhos.
Nenhum dos grupos gostou de estar no grupo inferiorizado, sentiram na pele a descriminação pelo facto de terem uma cor de olhos diferente, ao ponto de se tratarem mal uns aos outros e baixarem o seu rendimento escolar quando inseridos no grupo desfavorecido.
Por aqui se provou, o quanto influencia a opinião dos outros a nossa maneira de estar na vida, e quanto pode ser destrutiva a descriminação, o grupo beneficiado foi sempre o que melhores resultados apresentou a sua auto-estima aumentou, e a arrogância também.
As crianças assumiram assim as atitudes características da descriminação, tanto as que descriminaram como as que foram descriminadas.
Em 1985, é filmado o reencontro de 11 ex-alunos, que participaram nesta experiência e discutem o resultado deste exercício e no que influenciou as suas vidas, concluindo que qualquer pessoa que seja injustamente descriminada passará a olhar para os outros de maneira diferente e começará a respeitá-los por aquilo que são.
Mais tarde, num documentário televisivo Jane Elliot repete a experiência com adultos, e os resultados são