Desconstrução da paternidade

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Desconstrução da paternidade
Em quase todas as esferas do conhecimento encontra-se ao menos um motivo para a imposição da maternidade e da maternagem a mulher. Seja biologicamente, religiosamente ou socialmente (em alguns casos) a tarefa de cuidar e zelar pela integridade e educação do filho é destinada a mulher, ao homem resta trazer alimento e dinheiro para dentro de casa e também manter a ordem, visto que a autoridade paterna é sempre maior que a materna (muitas vezes inexistente) quando se trata de famílias tradicionais e são destas famílias que falamos aqui.
Não é difícil encontrar registros que coloquem a mulher como aquela que deve maternar por dever, em contra partida é uma tarefa árdua encontrar algo que coloque o homem, enquanto pai, como aquele que pode e deve participar afetivamente da vida de seus filhos. Isto se deve principalmente à construção sócio-histórica, inicialmente, do que é ser homem que tem em dentre suas características a de ser criatura superior, dotado de força, aquele que não chora (explicitado por um dito popular) e logo depois da construção da figura de pai que, atreladas a todas as características de homem, tem também as suas próprias, por exemplo, ser o provedor financeiro da família, ser autoridade, aquele que impõe a ordem na casa.
Há algumas décadas, o pai não era tão solicitado, como é hoje, para conviver no aspecto emocional com seus filhos e com a mulher. Ele cuidava muito mais do trabalho e de prover a família financeiramente. A parte da educação moral e dos cuidados com os filhos sempre ficou mais com a mãe. Por isso, a relação mãe-criança, mãe-bebê era mais intensa e mereceu mais estudos. (Maciel, Rubens de Aguiar.2010).

Há um grande desconhecimento com relação à importância da função paterna dentro da família, além da de suprir as necessidades materiais. Historicamente a figura de pai sofreu transformações radicais; é sabido que em sociedades pré-históricas havia o conhecimento da maternidade, já que o filho era

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