(Des) construção da identidade latino-americana:
HERANÇAS DO PASSADO E DESAFIOS FUTUROS
Maria Luisa Ortiz Alvarez
Universidade de Brasília
Introdução
Segundo a autora, o nosso continente latino-americano é resultado de uma mistura, de um hibridismo étnico e cultural constante, é lugar de sincretismos de crenças e religiões com trajetória própria, formada no interior do nosso sistema social, entretanto, de acordo com a autora a cada dia percebemos que a nossa identidade devido às constantes e aceleradas mudanças que o mundo vem sofrendo com os movimentos da modernidade e o processo de globalização se (des) constrói de acordo com as novas experiências de reorganização tempo-espacial das nossas comunidades e as práticas sociais recorrentes, além de outros fatores externos.
A autora afirma que Identidade, então, é uma palavra que traz no seu próprio sentido a marca do caráter complexo das questões que discute, uma vez que pode significar tanto a qualidade do idêntico e do comum, como o conjunto de caracteres próprios e exclusivos. Daí concluirmos que esta construção simbólica que supõe tão vivamente a adesão de sentimentos constrói-se, invariavelmente, em relação a um "outro”. No caso da América Latina as identidades construídas a partir do “outro” são inúmeras.
O Passado
A autora afirma que o encontro entre europeus e índios, povos portadores de culturas díspares, até antagônicas em certos aspectos, é tido como o momento inicial das transformações que conduziram à idéia de um “modo latino-americano de ser”, assim como a mesma conclui que todos pensam, primeiramente, numa construção identitária nacional, também todos eles vão estender esse projeto para o supra nacional.
A tentativa de reproduzir o ambiente europeu no além-mar, desde suas características físicas até as espirituais. A construção de cidades à moda européia, o enquadramento dos indígenas no sistema de trabalho mercantilista capitalista, a imposição das línguas espanhola e portuguesa e da