Discutindo identidade: Manoel Bomfim e o discurso identitário latino-americano.
1. Manoel Bomfim, sergipano de Aracaju, nasceu em 1868, era médico, radicado no Rio de Janeiro, mostrou-se ao longo de sua vida um estudioso dos problemas nacionais, investigando suas causas, denunciando seus males, apontando soluções, como atestam seus livros, A América Latina (1905), O Brasil na América (1929), O Brasil na História (1930), e O Brasil nação (1931).
2. Sua análise tanto do Brasil quanto da América Latina passa pela História, sociologia, Literatura, Pedagogia e Psicologia. Poucos meses antes de morrer, escreveu sua última obra, Cultura e educação do povo brasileiro (1932), a qual foi lançada postumamente. Bomfim morreu em 1932, vitima de câncer.
3. A análise feita por Manoel Bomfim principalmente em sua obra A América Males de origem foi levada a cabo em resposta nos questionamentos de seu tempo (final do século XIX e início do século XX), feitos, principalmente, por intelectuais oriundos da Europa.
4. Segundo Bomfim, o conceito América Latina utilizado pelos europeus não tinha um correspondente histórico suficientemente verdadeiro, mas sim, foi construído por europeus que alimentavam a mentalidade europeia com falsas representações do que era a América de fala latina, seja espanhola ou portuguesa.
5. Em sua resposta a esta visão estigmatizadora do ser americano, defendia que o problema da América Latina era na verdade fruto do “parasitismo social” que foi construído sistematicamente pelo tipo de colonização implementado pelas metrópoles sobre os organismos que eram as colônias.
6. O traço fundamental de seu pensamento é a preocupação acerca do passado histórico e da construção de uma comunidade imaginada maior, latino-americana, assim como construir uma identidade nacional, distinta da que os herdeiros do estado brangantino efetivaram ao longo da historia do Brasil.
7. Os traços de união latino-americana estariam