América Latina: da construção do nome à consolidação da ideia - Fichamento
O artigo "América Latina: da construção do nome à consolidação da ideia", de Rafael Leporace Farret e Simone Rodrigues Pinto, se trata de um texto que compreende interpretações sobre os momentos, motivos e pessoas que levaram à criação e permanência do termo "América Latina" como nome que define a região e sua cultura. Nele, há ênfase nas ponderações do filósofo uruguaio Arturo Ardao, relacionando-as também com a perspectiva de outros estudiosos, dissertando sobre a importância da identidade latino-americana.
O texto, sobretudo, analisa as circunstâncias históricas e o processo de construção do conceito de América Latina. As reflexões dos autores deste texto são feitas em volta de alguns argumentos principais, elaborados por Arturo Ardao, apresentando e opondo suas ideias às de dois especialistas: John Leddy Phelan e Miguel Rojas Mix.
Desenvolvimento
O texto aborda divergências entre os especialistas, porém tanto os autores do mesmo quanto os citados por eles têm pelo menos um ponto de convergência. Um deles é o fato de que a elite político-econômica criolla hispano-americana foi a líder do processo de criação de uma identidade latino-americana.
Tal ocorrido foi consequência direta das tentativas imperialistas, tanto da França quanto dos Estados Unidos. A França, com o panlatinismo, ameaçava a autonomia e a liberdade das novas nações que surgiram na América. Os Estados Unidos eram guiados pelo conceito de Destino Manifesto, acreditando que eram os “escolhidos” para civilizar e conquistar outros territórios. Além disso, influenciados pela Doutrina Monroe – “a América para os americanos”, claramente se apropriando do termo “América” – apresentavam também uma ameaça à unidade da região.
É importante salientar, então, que para a elite hispânica nas Américas, a criação de uma identidade latino-americana era essencial. Deste modo, haveria uma identificação e construção cultural que tornaria mais difícil o êxito do