Psicologia Social latino americana
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Com a difusão dos estudos em Psicologia Social no mundo, surge, na América Latina, um forte movimento de questionamento à Psicologia Social norte-americana em função de seu funcionalismo e experimentalismo. Esse movimento buscava uma psicologia social mais contextualizada e voltada aos problemas sociais e políticos característicos da América Latina. Distingue-se que, pelo fato de a América Latina ter condições sociais específicas e inerentes à sua condição sociopolítica, a Psicologia Social latino-americana tornou-se mais autônoma em relação aos outros movimentos até então existentes. (PALACIOS, 2011) O fato de a América Latina apresentar condições sociopolíticas diferentes das outras tendências em Psicologia Social, fez com que esta buscasse desenvolver uma ruptura radical com a Psicologia Social tradicional que estava até então sendo desenvolvida. Montero (2010) afirma que a Psicologia Social na América Latina caracteriza-se principalmente pela crítica e pela prática. Consequentemente, as descobertas científicas da Psicologia Social latino-americana são demasiadamente voltadas para a resolução de problemas sociais. O mesmo autor defende a principal característica da Psicologia Social latino-americana a qual enfatiza que fazer crítica é fazer ciência, e este constitui parte do ofício do cientista. Essa tendência, em particular, da Psicologia latino-americana, faz com que ela se diferencie dos outros dois contextos até então emergentes: americano e europeu. Observa-se que “há uma característica que distingue a psicologia feita na América Latina desde as primeiras décadas do século XX: a ênfase na resolução de problemas sociais.” (CAMPOS, p. 110, 2000). 29 Revista Caminhos, On-line, “Humanidades”, Rio do Sul, a. 4, n. 6, p. 21-38, abr./jun. 2013 Se a Psicologia Social latino-americana procura isso, é porque visa distinguir um modelo europeu de um modelo norte-americano, destacando-se uma abordagem que se diferencia por ideias e pressupostos, buscando uma