a construção histórica da psicologia no EUA
A psicologia social teve seu crescimento como sendo um fenômeno particularmente americano. Ainda que suas origens possam ser encontradas no solo intelectual de toda a tradição ocidental. Este desenvolvimento deve-se em grande parte à migração de grandes pesquisadores para os Estados Unidos na transição entre guerras. A principal migração foi dos gestaltistas da Áustria e Alemanha para os Estados Unidos. Começando já em 1927, acelerou-se com a subida de Hitler ao poder em 1933, e com “Anschlus” de 1938. Não obstante, ainda que este movimento haja acontecido antes da segunda guerra, seus efeitos foram percebidos até depois da guerra. Entretanto, este movimento possibilitou o surgimento da Psicologia Social Cognitiva, com raízes na fenomenologia (FARR, 2000). A segunda guerra mundial proporcionou um solo bastante favorável para o desenvolvimento da psicologia social nos Estados Unidos. Assim, o próprio Farr (1996), destaca a importância, por exemplo, das guerras. Ao afirmar que a Psicologia Social está para a Segunda Guerra Mundial assim como os testes psicométricos estão para a Primeira Guerra Mundial. Um exemplo referencial para a importância das guerras é a publicação do The American Soldier (O Soldado Americano, 1949), publicado após a segunda guerra, com temas de estudos sobre a adequação de soldados à vida no exército, avaliação da eficácia nas instruções no exército, mudança de atitudes e comunicação de massa. Outro exemplo sobre a grande influência do pensamento em Psicologia Social entre guerras é a famosa Escola de Frankfurt de Ciências Sociais, que houve a imigração de representantes desta escola como, Adorno, Hokheimer, Marcuse, Fromm, dentre outros, influenciados pela rigidez de Hitler, que fechou seus institutos de pesquisas (BERNARDES, 2002). A criação dos “Handbook of Social Psychology” em 1954 por Lindzey foram relevantes contribuições no desenvolvimento da psicologia social. Eram os