Dermátomos
A distribuição sensitiva de cada raiz nervosa é denominada dermátomo. Um dermátomo é definido como a área cutânea inervada por uma única raiz nervosa. Cada paciente apresenta pequenas diferenças e os dermátomos também apresentam um grande grau de superposição.
A variabilidade nos dermátomos foi bem demonstrada por Keegan e Garrett em 1948.
Na coluna torácica, a superposição pode ser demonstrada pelo fato de que a perda de um dermátomo comumente passa despercebida em virtude da superposição de dermátomos adjacentes.
As raízes nervosas espinais possuem um epineuro pouco desenvolvido e não possuem perineuro. Esse desenvolvimento torna a raiz nervosa mais suscetível a forças compressivas, deformação por tração, irritantes químicos (p.ex., álcool, chumbo, arsênico) e distúrbios metabólicos.
Por exemplo, pode ocorrer uma compressão da raiz nervosa em decorrência de uma herniação póstero-lateral de um disco intervertebral, o estiramento de raízes nervosas ou do plexo braquial em um jogador de futebol americano, a neurite alcoólica em um alcoolista ou a neuropatia periférica metabólica comprometendo um ou mais nervos periféricos em um diabético.
A pressão sobre raízes nervosas acarreta perda de tônus e de massa muscular, mas a perda comumente não é tão óbvia como quando é aplicada uma pressão sobre um nervo periférico.Como o nervo periférico que inerva o músculo é usualmente suprido por mais de uma raiz nervosa, um maior número de fibras musculares pode ser afetado e a atrofia é mais evidente quando o nervo periférico em si é lesado.
Além disso, o padrão de enfraquecimento muscular (isto é, quais músculos são afetados) é diferente no caso de uma lesão da raiz nervosa em comparação com o de uma lesão de um nervo periférico, pois uma raiz nervosa supre mais de um nervo periférico.
A pressão sobre um nervo periférico que acarreta uma neuropraxia leva a uma ausência temporária da função do mesmo. Neste tipo de lesão, há um envolvimento