corpo
A lesão medular é considerada uma das mais graves e incapacitantes síndromes que podem atingir o ser humano e ainda não consegue ser revertida com os recursos científicos atuais. O tratamento de reabilitação é, portanto, o caminho que facilita o lesado medular a reaprender a controlar suas funções “perdidas”. Ela ocorre devido a um evento traumático, como acidentes automobilísticos, mergulho, agressão com arma de fogo ou queda, ou a eventos não-traumáticos como infecções e tumores. A lesão pode ser completa ou incompleta e apresenta como características principais a perda da sensibilidade e/ou motricidade, e paralisia temporária ou permanente dos músculos e do sistema nervoso autônomo.
2 Anatomia da Medula Espinhal
Etimologicamente, medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim, temos medula óssea dentro dos ossos, medula supra-renal, dentro da glândula do mesmo nome, medula espinhal, dentro do canal vertebral.
Cranialmente a medula espinhal limita-se com o bulbo, ao nível do osso occipital e termina no nível da segunda vértebra lombar (L2). Existem 31 pares de nervos espinhais assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccigeo. Como existem 8 pares de nervos e apenas 7 vértebras, o primeiro par cervical(C1) emerge acima da 1ª vértebra cervical, portanto entre ela e o osso occipital. Já o 8º par (C8) emerge abaixo da 7ª vértebra, o mesmo acontece com os nervos abaixo de C8, que emergem, de cada lado, sempre abaixo da vértebra correspondente. Saber esse limite caudal é importante para um diagnóstico, prognóstico e tratamento.
No homem adulto mede 45 centímetros, sendo um pouco menor na mulher.
Por não percorrer todo o comprimento da coluna vertebral, a medula espinhal termina afilando-se para formar o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo ou filamento terminal e em conjunto, são denominados de cauda eqüina.
A medula espinhal apresenta duas dilatações denominadas