DEMOCRACIA E SEGURANÇA PÚBLICA
A esse respeito Poncioni (2012) analisa o lugar ocupado pela educação policial na agenda pública. Nesse sentido a autora considera que na última década tem se intensificado no país as discussões atinentes à segurança pública e uma proposta que se destaca é a necessidade de maior profissionalização da polícia como um meio de possibilitar o desempenho de suas funções em conformidade com os princípios do Estado democrático de direito.
Poncioni (2012) expõe que não obstante o crescimento vertiginoso da criminalidade desde os anos 1970 somente a partir dos anos 2000 que o Estado brasileiro organizou-se mais sistematicamente sobre o assunto, pois neste período foi lançado o I Plano Nacional de Segurança Pública (I PNSP). A partir de então a segurança pública passou a ser vista como um direito do cidadão e as abordagens devem ser para além da vertente repressiva. Nesse aspecto a autora entende que a educação profissional é uma das estratégias propostas “[...] para a problemática que envolve o desempenho de policiais para a efetivação de uma política pública “cidadã” no país” (PONCIONI, 2012, p. 325). Assim, trata-se de um desafio operacionalizar a educação profissional visto que até o presente momento não é tido com uma prioridade na agenda de segurança pública brasileira.
Por sua vez Dorneles (2003) entende que no sistema neoliberal as políticas sociais tendem a ser formuladas para o controle e adestramento dos sujeitos. Conforme o autor todos os problemas sociais deveriam ser encarados como problemas de controle social. Nesse sentido o Estado passa para o mercado o papel de regulação social. Diante disso
as políticas implantadas pelo modelo de