Deficiência visual
Sobre o Indivíduo Portador de Deficiência Visual
I.1. Terminologias e a visão numa perspectiva educacional
Como introdução, pretende-se abordar diversos aspectos relativos à vida do deficiente visual de uma maneira bem genérica. Tenciona-se a princípio proporcionar o entendimento relativo às diversas terminologias empregadas para apontar indivíduos, que por motivos bem diversificados, encontram-se privados do sentido da visão. Desta feita, abordaremos aspectos oftalmológicos, históricos e de inserção junto à sociedade, inerente aos deficientes visuais ou mesmo indivíduos ditos cegos.
Pelo fato desta pesquisa preocupar-se essencialmente com aspectos informacionais relativos à este grupo, será pertinente lembrar que, numa perspectiva educacional, em nosso país, conforme o artigo 30, incisos III e IV da Portaria Interministerial no 186, de 10 de março de 1978, “cego é o cidadão que apresenta perda total da visão, ou baixa visão residual em tal grau que necessite do método Braille como meio de escrita e leitura, bem como outros recursos como: materiais em relevo, objetos concretos, texturas diferentes, etc. Já o portador de visão sub-normal, é aquele que, embora com distúrbios de visão, possui resíduo visual em tal grau que lhe permite ler textos impressos a tinta, desde que se empreguem recursos didáticos (contrastes, letras ampliadas, etc.) e / ou equipamentos especiais para a sua educação (lentes e outros recursos óticos)” [MEC, 84].
I.2. Caracterizando deficiência visual: dados oftalmológicos
Neste momento, mostraremos os aspectos oftalmológicos fundamentais que propiciem o entendimento básico, porém substancial, do que é deficiência visual, ou cegueira, sem nos aprofundamos demasiadamente, pois este tema está além do escopo deste trabalho.
A percepção visual é uma função bastante complexa que ocorre em três fases bem distintos, denominados primária, secundária e terciária. Na fase