defesa
O utilitarismo pode ser explicado como uma doutrina ética que prescreve a ação de forma a otimizar o bem-estar maior de um conjunto. É uma forma de avaliar uma ação unicamente em função de suas consequências. Pode-se então, a partir dessa definição, enquadrar o caso dos réus, que tomaram a decisão do “sacrifício” de um de seus acompanhantes para que se fosse alcançado o bem comum ao maior número de pessoas. Buscando a verdade dos fatos, é real que houve um homicídio e portanto, do ponto de vista racional e calculista, uma vida foi tirada, havendo assim, um motivo extremamente real para que haja um julgamento. Porém, agindo em prol da maximização da felicidade, deve-se considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa. E julgando por esse modo, as consequências de uma ação são a única base permanente para julgar a moralidade desta ação, e por esses fatores, chega-se a conclusão de que a “desgraça” de uns é compensada pelo bem-estar da maioria, isto é, concluindo que o saldo de compensação foi positivo, a ação é julgada moralmente boa. Portanto, sejamos humanos e pensemos: O “mal estar” de um, e de uma família fez com que outras quatro fossem beneficiadas, e utilizando um estudo com base na felicidade geral, é de convicção declarar os réus inocentes, pois em uma tentativa de sobrevivência, alcançaram a maximização da felicidade.