Decálogo da Escola Cidadã
Tomando por base a proposta de Genuíno Bordignon (1989) de uma “escola pública única”, o autor faz uma pergunta: O que é uma escola cidadã? Essa escola seria popular, com um sistema único descentralizado.
Partindo do pensamento de Rousseau que pensava em separar a escola da sociedade, Durkheim sustentava o contrário já Dewey propõe a síntese entre as duas posições formando cidadãos. Gramsci subscreve o objetivo de formar governantes no sentido de preparação para a vida. Porém Lênin discordou, pois não se forma governantes se não forem sujeitos intelectualmente autônomos. Mesmo percorrendo um caminho de estadolatria, o socialismo descobre uma verdade simples: a escola burocrática não forma governantes, mas governados. A escola pública universal constitui-se numa escola igual para todos respeitando as diferenças locais e regionais a multiculturalidade, isso é um desafio ela deve garantir um padrão de qualidade unindo o nacional com o regional inserindo o popular no público.
A escola cidadã é um projeto de criação histórica, um horizonte novo uma nova lei.
1º Ela é democrática tanto em sua gestão com no caráter social.
2º Ela é descentralizada.
3º A escola cidadã deve valorizar o professor que deverá cumprir sua carga horária num tempo satisfatório para suas aulas, planejamentos e outras atividades. Com isso o professor não deverá levar trabalhos para casa, salvo de não haver um local adequado na escola.
4º Essa escola deve valorizar seus projetos evitando assim a crise no sistema que é o que aprisiona a escola à padronização.
5º A escola autônoma cultiva a curiosidade, a paixão pelo estudo, sua forma de aprendizagem é criativa propondo a espontaneidade e o inconformismo.
6º É uma escola disciplinada (sistemática e progressiva).
7º A escola não é um espaço fechado, ela interage com o mundo exterior pelos espaços sociais do trabalho e das profissões.
8º Essa transformação é conflituosa um processo de mudança que exige ação direta