Debate De Teorias Williams
O segundo “Grande Debate” aconteceu no final dos anos 1950. O conteúdo desse debate foi, fundamentalmente, de ordem metodológica, opondo Behavioristas a Tradicionalistas. Ao invés, portanto, de procurar formular teorias que pudessem dar conta das relações internacionais em toda sua abrangência, tal como o faziam os Realistas Tradicionalistas, os Behavioristas defendiam a tese segundo a qual seria a partir de modelos explicativos limitados (tais como a Teoria dos Jogos e o Modelo de Comunicação) que seria possível, chegar das partes, ao todo e, conseqüentemente, a uma visão mais precisa das relações internacionais.
Também crítica ao Realismo clássico foi a “Escola Inglesa” uma das poucas correntes de grande prestígio. A particularidade da “Escola Inglesa” está no fato de ter proposto a análise das Relações Internacionais a partir do marco filosófico fixado por Hugo Grotius (1583 – 1645). [...] Ao seguir o caminho apontado por Grotius, Hedley Bull argumentou em favor da existência da “sociedade internacional”, um conceito que, pode-se dizer, forma o eixo central da “Escola Inglesa”. O uso desse conceito preenche o espaço que separa, segundo Martin Wight, a tradição Hobbesiana da tradição Kantiana. Para Bull, o fato de, no meio internacional, não existir governo central com capacidade de fazer respeitar as leis, não impede de se falar da existência da sociedade internacional. Apenas pondera que tal sociedade é de tipo diferente das sociedades nacionais, sendo a sua principal diferença, o caráter anárquico da sociedade internacional.
O terceiro “Grande Debate”, conhecido como o “Debate dos Paradigmas”, transcorreu ao longo os anos 1970. Os estudiosos norte-americanos Robert Keohane e Joseph Nye foram seus principais protagonistas. Contra as teses centrais da corrente Realista, ambos co-editaram as duas