A antropologia difusionista
A Antropologia Difusionista reagiu ao evolucionismo e foi sua contemporânea. Valorizava a compreensão natural da cultura, em termos de origem e extensão, de uma sociedade a outra. Para os difusionistas, o empréstimo cultural seria um mecanismo fundamental de evolução cultural. O difusionismo acreditava que as diferenças e semelhanças culturais eram consequência da tendência humana para imitar e a absorver traços culturais, como se a humanidade possuísse uma "unidade psíquica", tal como defendia Bastian.
Representantes e obras * Friedrich Ratzel * Grafton Elliot Smith * William James Perry * William H. R. Rivers * Fritz Graebner - Methode del Ethnologie, 1891 * Fr. Wilhelm Schmidt, fundador da revista Anthropos
O surgimento da "linhagem francesa"
Com Émile Durkheim começam os fenómenos sociais a serem definidos como objetos de investigação sócio-antropológica e, a partir da análise da publicação de Regras do "Método Sociológico", em 1895, começa-se a pensar que os fatos sociais seriam muito mais complexos do que se pretendia até então. No final do século XIX, juntamente com Marcel Mauss, Durkheim se debruça nas representações primitivas, estudo que culminará na obra "Algumas formas primitivas de classificação", publicada em 1901. Inaugura-se então a denominada "linhagem francesa" na Antropologia.
O século XX
Com a publicação, de "As formas elementares da vida religiosa" em 1912, Durkheim, ainda apegado ao debate evolucionista, discute a temática da religião. Marcel Mauss publica com Henri Hubert, em 1903, a obra Esboço de uma teoria geral da magia, aonde forja o conceito de mana. Inicialmente centrada na denominada "Etnologia", a Antropologia Francesa, arranca, como disciplina de ensino, no "Institut d´Ethnologie du Musée de l´Homme" em Paris, a partir de 1927. No início, a disciplina se vinculara ao Museu de História Natural, porque se considerava a antropologia como uma subdisciplina da história natural.