Das reformas do ensino superior a criação do prouni: inclusão social ou mercantilização do ensino superior?
Liduina Lopes Alves
Dominik Garcia Araujo Fontes
Telma Araújo do Nascimento
RESUMO
O presente capítulo tem por objetivo realizar um diálogo reflexivo acerca das políticas públicas de inclusão social no ensino superior, estabelecidas pelos últimos governos, com o intuito de realizar uma “democratização” deste nível de ensino, dentro do contexto histórico-político da educação brasileira. Para abordar esse tema escolhemos o PROUNI como foco de nossas indagações acerca desse processo proposto pelo governo que mais nos remete a mercantilização do acesso à educação superior no Brasil.
Palavras-chave: reformas educacionais, ensino superior, democratização, PROUNI.
Introdução
Nas últimas décadas percebe-se que na história do Brasil as alterações na estrutura do Estado, na sociedade civil e na constituição do cidadão brasileiro encontram-se permeadas por diversas reformas institucionais, que em sua maioria, eram originadas no Estado. Tais reformas proporcionaram mudanças nos múltiplos processos de construção da civilidade humana, buscando adequá-la à forma política e histórica assumida pelo país em um determinado período.
Nesse contexto está inserida a educação superior que tem sido objeto da ação político-administrativa de governos brasileiros em busca de reformas e projetos que contemplem os interesses nacionais e internacionais do país nem sempre coincidentes com os interesses de seu povo.
Os últimos governos têm estabelecido políticas públicas de inclusão social no ensino superior, tendo como foco a “democratização” deste nível de ensino, com vistas a possibilitar o acesso das classes sociais menos favorecidas ás universidades, dentro de um contexto histórico-político da educação brasileira que nos leva a refletir sobre os tênues limites existentes entre a democratização do acesso à educação superior no Brasil e a mercantilização desta.
Dentre