dança
Brasil
Edição de domingo, 11 de dezembro de 2011
Pacientes hipertensos têm conseguido reverter quadro clínico se exercitando ao som e ao ritmo da música de salão
Raphael Guerra // raphaelguerra.pe@dabr.com.br
Há dez anos, durante exames de rotina, a aposentada Antônia Ricardo da Silva, 73, descobriu que era hipertensa. A doença, segundo o Ministério da Saúde, atinge 65% dos brasileiros com idade acima dos 60 anos. O médico receitou remédios diários. Antônia sempre seguiu à risca o tratamento. Mas, desde o ano passado, ela descobriu uma velha forma, porém desconhecida pela maioria das pessoas, de reduzir a hipertensão. Não precisa de medicamentos, nem fórmulas mágicas. É através da dança que ela consegue mais saúde e qualidade de vida. Um estudo inédito no Brasil, desenvolvido pelo educador físico Flávio Campos e pela enfermeira
Osinez Barbosa, como dissertação de mestrado em Saúde Humana e Meio Ambiente da Unive rsidade Federal de Pernambuco (UFPE)
, chegou à conclusão de que a dança de salão é uma das soluções para normalizar a pressão arterial. E mais: serve ainda para prevenir a doença.
Antônia da Silva faz parte de um grupo de mais de 30 idosas que, três vezes por semana, espantam a doença. Seguindo as instruções dos pesquisadores, elas se reúnem e, por uma hora, nem sentem o tempo passar. "Antes não fazia exercícios, vivia cansada, com dores nas pernas. Agora não sinto mais nada", comemorou. A aposentada contou que a pressão está tão controlada que ela não precisa mais tomar todos os dias os quatro comprimidos receitados pelo médico. "O exercício físico contribui para diminuir os níveis de pressão, melhora a qualidade aeróbica, flexibilidade, equilíbrio e força muscular. Com a queda das taxas, a quantidade de medicamentos também tende a cair", afirmou Flávio Campos, que também é professor de dança.
"Sempre que chegava ao final dessas aulas, muitos alunos diziam que a pressão melhorava.
Fui pesquisar o