Dança grega
A dança sempre desempenhou um papel muito importante na vida dos gregos, e isto desde a mais remota antigüidade. Na Ilíada, Homero já descreve uma dança e a admiração que a movimentação ritmada dos corpos dos jovens heróis provocava em quem a assistia. Segundo Platão, foram os próprios deuses, nossos parceiros na dança, que transmitiram ao homem a percepção prazerosa do ritmo e da harmonia. Em sua República, coloca a dança como uma atividade indispensável à educação tanto do homem quanto da mulher e, no Simpósio, faz Sócrates, não só manifestar seu amor pela dança como também o desejo de executá-la de forma perfeita. E a Mitologia atribui a origem da dança a Réia - mulher de Cronos e mãe do grande Zeus - que a teria ensinado aos Curetes. Suas danças eram sempre praticadas em grupo, e não na forma individual que conhecemos hoje, e a formação utilizada era de um círculo aberto, ou fechado, que evoluía em torno de um altar, de uma árvore ou de qualquer outro objeto de culto. Esculturas datadas dos anos 1400 a 1500 A.C. encontradas não só em Creta, mas também na Grécia continental e em Chipre, mostram o círculo da dança sendo executado em torno do tocador da lira. Com a queda da Grécia sob o domínio romano, os gregos tiveram que se adaptar às novas circunstâncias o que, é lógico, provocou uma mudança de hábitos. Assim, a dança, até então considerada uma atividade formadora tanto do corpo quanto da alma do homem, se converteu em espetáculo ou em diversão para aqueles que a praticavam. Durante o período bizantino, a Igreja Ortodoxa, assim como a Católica, combateu sistematicamente a dança, porém sem nenhuma possibilidade de sucesso. Compreendendo serem inúteis seus esforços no sentido de abolí-la, resolveu, ao contrário, adaptá-la a seus preceitos aceitando plenamente a prática de danças em círculos onde homens e mulheres, sempre separados, executavam movimentos solenemente castos e "no temor de Deus". Cada aldeia grega tem sua dança