Dança com Deficientes Auditivos
O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre como a dança pode atuar positivamente no processo de inclusão de surdos, no sentido não apenas de proximidade física, mas também de garantir a "interação, assimilação e aceitação" (Pereira, 1980), beneficiando-os particularmente no que se refere à socialização, dado que a dança "envolve a vivência de ritos, valores e a compreensão da produção humana" (Goulart, 2002); e possibilitando uma participação plena em atividades sociais e o conseqüente exercício de cidadania. O objetivo central é defender a idéia de que a dança pode auxiliar no processo de inclusão de surdos, trazendo benefícios na área psicomotora e no modo do indivíduo ver a si mesmo e de perceber o outro, o que influencia sua vida social. Para tanto, além de pesquisa bibliográfica foram feitas observações de campo em duas instituições que utilizam a dança como prática educativa com os surdos: a Associação de Assistência à Criança Surda (AACS) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Quem disse que surdos não podem ser dançarinos ou curtir uma música? O Grupo de Dança Surdos Videira é uma prova que tudo é possível através da interação de um trabalho desenvolvido que objetiva a inclusão social.
Liderado pelo intérprete Nilton Câmara, o grupo de 5 pessoas ensaiam coreografias e as apresentam em eventos particulares ou do governo na cidade de Fortaleza - CE. De acordo com Câmara, o grupo é reduzido porque é necessário trabalhar com cada um de forma intensiva e aproveitando melhor as habilidades individuais.
Há uma seleção para ingressar no grupo de dança. Na primeira fase, os candidatos são avaliados pelo histórico escolar e familiar, após essa aprovação há os requisitos técnicos de ritmo e expressão corporal. Essa triagem ocorre em média uma vez por ano.
Antes de qualquer atividade corporal, Nilton prepara seus alunos para conhecer a letra da música que será dançada, compreendendo seu significado e