Dalcroze

Na matéria Tendências Pedagógicas em Educação Musical II, ministrada pela professora Teca Alencar de Brito, continuamos a conhecer e analisar os diferentes métodos de educação musical utilizados para ensinar música. Assim como no semestre passado, nossas atividades e discussões em aula concentraram-se em cantigas, danças, jogos e brincadeiras, atividades que utilizam outras habilidades para o aprender musical, principalmente o uso do corpo e letras de músicas que envolvem a brincadeira do momento.
Como bem sabia Carl Orff, o movimento e a percussão corporal são excelentes aliados no ensino musical, pois facilitam o ensino do que é o ritmo e possibilitam as mais inúmeras brincadeiras que serão úteis no ensino. Quem dividia a mesma opinião de Orff e que provavelmente o influenciou muito foi Émile Jaques-Dalcroze, criador de um método de ensino de música que inspira várias tendências pedagógicas até hoje.
Ao observar que o ensino da notação musical era puramente abstrato, e que muitas vezes o músico executava a música de forma mecânica, sem expressividade, apenas seguindo as notas escritas, Dalcroze formulou seu método de forma que o primeiro instrumento que deveria ser trabalhado seria o corpo, já que é dele que sai o movimento inicial e a intenção de fazer música. Como somos naturalmente musicais, conseguimos traduzir qualquer som em movimento corporal, todas as dinâmicas, andamentos, métricas, acentuações. Ao ouvir uma sequência de sons, o aluno pode se expressar corporalmente como bem entender, improvisando os movimentos. Esse método ficou conhecido como Euritmia, a junção entre o cérebro, corpo, som e movimento. Seus jogos e exercícios trabalham com a audição detalhada de uma peça e sua improvisação consciente, os movimentos corporais devem seguir a música e suas nuances.
Assim, Dalcroze punha de lado a leitura musical quase que por completo; deveria-se trabalhar não o visual, mas o auditivo, a mente e o corpo. Esse método me anima muito, pois por