Dadaismo
1916, em plena Primeira Guerra Mundial, na Suíça.
Segundo Tristan Tzara, o líder dadaísta, a palavra dadá não significa nada, tendo sido encontrada casualmente por ele em um livro. O movimento inaugurou um novo conceito de arte, rompendo com o tradicional.
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O movimento
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Suíça manteve-se neutra, e para lá foram artistas e intelectuais de todos os pontos da Europa. Alguns desses “fugindo da guerra” se abrigam em Zurique e reúnem-se no Cabaret Voltaire, ponto de encontro e espaço cultural onde em
1916 inaugura oficialmente o dadaísmo.
Criado a partir do clima de instabilidade, medo e revolta, provocado pela guerra, o movimento dadá pretendia ser uma resposta à nítida decadência da civilização representada pelo conflito. Daí provém a irreverência, o deboche, a agressividade e o ilogismo dos textos e das manifestações dadaístas.
Os dadás entendiam que, com a Europa banhada em sangue, o cultivo da arte não passava de hipocrisia e presunção. Por isso, adotaram a postura de ridicularizá-la, agredila, destruí-la.
Apesar de sua curta durabilidade - no período entre guerras, praticamente havia sido esquecido - e das críticas realizadas ao movimento, fundamentalmente baseadas em sua ausência de vocação construtiva, teve grande importância para a arte do Século 20.
Fez parte de um processo, observado nesse século, de libertação da arte de valores preestabelecidos e busca de experiências e formas expressivas mais apropriadas à expressão do homem moderno e de sua vida.
Ainda que 1922 apareça como o ano do fim do dadaísmo, fortes reflexos do movimento podem ser notadas em perspectivas artísticas posteriores. Na França, muitos de seus protagonistas integram o surrealismo subsequente. Nos Estados Unidos, na década de
1950, artistas como Robert Rauschenberg, Jasper Johns e Louise Nevelson retomam certas orientações do movimento