Teoria de gaia
No terceiro quarto do século XX, a ciência passou a estudar com interesse e seriedade a hipótese da Terra ser um organismo vivo e auto-regulável.
A adoção de modelos biológicos para entender o planeta, em substituição aos modelos mecanicistas e termodinâmicos, foi um gigantesco passo para a reintegração do homem com a natureza.
A entrada do terceiro milênio não é apenas um marco cronológico. É a passagem para um novo ciclo de consciência da humanidade, mais próximo da noção da unidade da vida.
A Teoria ou hipótese de Gaia é uma tese científica elaborada pelo químico inglês James Lovelock. Em 1969, a Nasa pediu a James Lovelock que investigasse Vênus e Marte para saber se eles possuíam alguma forma de vida. Analisando nossos vizinhos do sistema solar, Lovelock disse que não existia nada que pudesse ser considerado vivo por lá. Mas, ao olhar para a própria Terra, ele concluiu que, além de ser residência de diversas formas de vida, ela mesma se comporta como um grande ser vivo, com mecanismos que ajudam a preservar os outros seres vivos que abriga. Essa hipótese foi batizada com o nome de Gaia porque, na mitologia grega, Gaia era a deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos.
Essa hipótese foi fortalecida pelos trabalhos da bióloga norte-americana Lynn Margullis, no campo da microbiologia, comprovando a dinâmica dos organismos biológicos em resposta a diferentes tipos de ação humana, sempre para manter um equilíbrio entre os diversos sistemas de vida do planeta.
Segundo a hipótese, o planeta Terra é um imenso organismo vivo, capaz de obter energia para seu funcionamento, regular seu clima e temperatura, eliminar seus detritos e combater suas próprias doenças, ou seja, assim como os outros seres vivos, um organismo capaz de se auto-regular. De acordo com a hipótese, os organismos bióticos controlam os organismos abióticos, de forma que a Terra se mantém em equilíbrio e em condições propícias de sustentar a vida.
A hipótese sugere