DA SERVIDÃO A LIBERDADE- RESUMO
Rousseau difere-se dos filósofos do chamado séculos das luzes, ao responder negativamente a questão; “O restabelecimento das ciências e das artes teria contribuído para aprimorar os costumes?”. E ainda, antes de defender o processo de difusão das luzes, impõe-se a perguntar sobre; “que tipo de saber tem norteado a vida dos homens”. Contudo as criticas de Rousseau às ciências e as artes, não significa uma negação do que seria a verdadeira ciência. Os temas mais polêmicos da filosofia política clássica, tais como a passagem do estado de natureza ao estado civil, o contrato social, a liberdade civil, o exercício da soberania, a distinção entre o governo e o soberano, o problema da escravidão, o surgimento da propriedade, são tratados por Rousseau de maneira detalhada, impondo-se a dualidade, se de um lado, retoma as reflexões dos autores da tradicional escola do direito natural, como Grotius, Pufendorf e Hobbes, de outro não poupa criticas precisas a nenhum deles. Segundo Rousseau, o pacto social deve-se fundamentar na condição de igualdade entre as partes contratantes, através da instituição de regulamentos de justiça e paz, onde os poderosos e os fracos submetam-se igualmente a deveres mútuos, e que se conscientizem de certa forma, dos caprichos da fortuna. Quanto à representação política, faz-se imperativo a expressão genuína da vontade geral, não basta que tenha havido um momento inicial de legitimidade, é imprescindível que essa seja constante, ou então se refaça a cada instante. No texto o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, o autor expõe que “o homem nasce livre, e por toda parte encontra-se aprisionado. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo que eles”. Segundo Rousseau, o homem em sua natureza é bom, é a partir do momento em que resolve viver em sociedade que as desigualdades aparecem. O autor analisa o homem em seu estado natural e