Da habitação ao hábitat: a questão da habitação popular no rio de janeiro e sua evolução*
Fonte: http://www.forumrio.uerj.br/documentos/revista_10/10-MauricioAbreu.pdf
Último acesso: 08/07/2011
Resenha:
Palavras-chave: Pereira Passos; Rio de Janeiro; reforma urbana; habitação popular; hábitat.
O presente texto aborda a questão da moradia popular no Rio de Janeiro ao longo tempo e seus eventuais desdobramentos.
De tal modo a grande questão levantada pertinente ao tema são as alterações empregadas no significada da habitação popular, ou seja, da transformação da habitação (o cortiço, a vila operária) para o espaço da habitação, ou hábitat (o loteamento, o subúrbio, a periferia, e mesmo a favela), sendo, portanto, discutido ao longo do texto esse processo de mudança.
Essa discussão esteve presente em diversos momentos políticos assim como no discurso do estado e das classes dominantes. Em foco desse debate estão os cortiços que se mantém como questão central em assuntos referentes à habitação. Os cortiços são intensamente combatidos, sendo sua imagem associada à causa da insalubridade e da proliferação de epidemias de diferentes doenças. Embora apresente condições precárias os cortiços eram a solução para a maioria da população, era condição indispensável para a própria sobrevivência os moradores necessitam de empregos oferecidos nessa região. Ainda que insalubre, os cortiços eram uma fonte de lucro, de tal modo poderia ser fatal sua total destruição. Assim surgiu uma alternativa por parte das equipes dirigentes, já na década de 1850, o governo estudava a oportunidade de subsidiar o capital para a construção de “habitações cômodas para o povo”. Assim surgiram varias empresas privadas interessadas nessas concessões. E o mais interessante é que as habitações continuavam a ser coletivas, ainda que agora fossem “higiênicas”. Além da preocupação com fatores higienistas, era claramente exposto no “Projeto de Melhoramentos da Cidade Nova”, a abertura de diversas e