Custos no Setor Publico
1 BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE CUSTOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
Conforme registrado por Alonso (1999, p.43), somente recentemente o serviço público vem aderindo à utilização de sistemas de custos. Segundo esse autor, no Brasil, não existe uma cultura de custos no setor público.
No início do século XX, os sistemas de custos ganharam espaço nas empresas privadas, sendo utilizados principalmente nas indústrias, e a maior parte do seu custo total era composta pelos custos de produção.
Conferia-se destaque ao custo da mão de obra para compor os custos diretos, os quais representam um referencial para o rateio dos indiretos. O tipo de custeio por absorção tornara-se comum nas empresas industriais ao longo desse século. No Brasil e fora dele, a legislação das sociedades anônimas impunha que se adotassem sistemas de custos para as empresas de médio e grande porte, as quais também demandavam sistemas de custos para demarcar o preço dos produtos.
Antigamente se apuravam os custos de uma empresa com o fim de gerar relatórios financeiros, sem a preocupação inicial, no estágio de consolidação de tais sistemas, com a utilização de medidas de desempenho das ações e sim com a geração de relatórios financeiros.
Nos últimos trinta anos, houve mudanças estruturais significativas nas técnicas administrativas e na contabilidade de custos, em termos de tecnologia e globalização econômica.
Durante essas décadas, os custos tornaram-se decisivos no âmbito do mercado internacional. A metodologia de custeio tradicional mostrava-se limitada, ao tempo em que produziam divergências significativas na apuração do custo dos produtos e dos processos de trabalho. Surge daí a necessidade de buscar novos métodos de custeio, principalmente nas empresas que tinham complexos processos produtivos. Em meados dos anos 1980, emerge o que se chama de Activity Based Costing (ABC) . Inicialmente, surge na indústria, a partir do governo Clinton, o ABC se difundiu