Curva abc / curva de pareto
Bruna de Souza
Prof.ª Andressa Sasaki Vasques Pacheco
Universidade Federal de Santa Catarina
Administração/Noturno – Administração de Materiais
No fim do século XIX, o economista, sociopolítico e engenheiro Vilfredo Pareto observou, ao estudar a distribuição de renda do meio em que vivia, que havia uma distribuição desigual de riqueza e poder na população total: ele calculou matematicamente que 80% da riqueza estava em mãos de 20% da população. Com a série de dados obtidos por suas anotações, Pareto traçou o gráfico que hoje é um importante instrumento que permite identificar itens cuja atenção é mais necessária.
Mais tarde, outros estudiosos começaram a perceber que este mesmo princípio aplicava-se em áreas como contabilidade, matemática e economia. Em cursos de estatística, gerência de projetos e gestão de qualidade, costuma-se mencionar a “regra do 80/20”, com o objetivo de mostrar que pequenos grupos podem ser responsáveis por grandes resultados, por exemplo: 80% do faturamento foi gerado por 20% dos clientes.
Atualmente, a análise da ferramenta Curva de Pareto, ou Curva ABC, é uma das formas mais usuais de examinar e controlar estoques. Estudar poucas causas que provocam grandes efeitos é muito mais interessante do que estudar muitas causas que provocam poucos efeitos. Aplicável em qualquer situação em que seja possível estabelecer prioridades, Dias (2010) afirma que a Curva ABC permite identificar itens que justificam atenção e tratamento adequado quanto à sua administração, a fim de que os mesmos possam ser classificados em ordem decrescente de sua importância. A Curva ABC é assim chamada, para Carvalho (2002), por razão de dividirmos os dados obtidos em três categorias distintas: aos itens mais importantes de dentro da organização, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação Classe A. Ao grupo de itens em situação intermediária, Classe B. Já a Classe C vai para os itens menos