Cursando superior
O objetivo deste paper é descrever os benefícios da elaboração do Balanço Social para as organizações na visão dos autores Kroetz (2000), Oliveira (2005), Tinoco (2001) e Trevisan (2002). Em um mercado em que a concorrência entre as empresas está cada vez mais acirrada, é preciso repensar as estratégias para melhorar a competitividade e atrair consumidores e parceiros.
Cada vez menos as pessoas estão julgando uma empresa apenas por seus fatores econômicos. [...] Atualmente, para ser competitiva e lucrar, a empresa precisa relacionar sua marca a conceitos e valores éticos. [...] Pode-se dizer que hoje em dia, a empresa que cumpre seu papel social deve atrair mais consumidores, além de estar investindo na sociedade e, por conseguinte, no seu próprio futuro. Assim, para além das poucas linhas que algumas empresas dedicam nos seus balanços patrimoniais e dos luxuosos modelos próprios de Balanço Social que estão surgindo, tornou-se necessária a sistematização desse processo. (TREVISAN, 2002. p.9)
Na década de 60, trabalhadores na Europa e nos Estados Unidos, passaram a fazer exigências as organizações no sentido de obterem informações relacionadas a seu desempenho econômico e social, ampliando a informação que as organizações forneciam, incorporando as sociais, tendo em vista a discussão da responsabilidade social, dando assim origem ao Balanço Social, na França, a partir de 1977, que evidenciava a área de recursos humanos. (TINOCO, 2001) No Brasil, o balanço social ganhou força na década de 1980 por iniciativa do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), na época liderado pelo sociólogo Herbert de Souza (Betinho). Em 1997, Betinho lançou uma campanha estimulando a publicação dos balanços sociais propondo um modelo de balanço social (modelo IBASE). O modelo foi aperfeiçoado algumas vezes e hoje serve como um referencial no Brasil e no exterior (OLIVEIRA, 2005, p.3).