CURRÍCULO, IDENTIDADE E CULTURA: PONTOS QUE SE ENTRECRUZAM NA EDUCAÇÃO DE SURDO
1- INTRODUÇÃO
Logo após o advento da Declaração de Salamanca, que culmina na inserção da educação especial no cenário da educação inclusiva, alguns questionamentos são preeminentes quanto à garantia de inclusão, de execução e de efetivação no Projeto Político Pedagógico e no Currículo de demandas impostas pelas políticas públicas que propõem e impõe propostas de atendimento à diversidade. Indaga-se como tem se processado todas essas mudanças nos currículos nas escolas ditas inclusivas.
Ao se elaborar o currículo, a escola deve estar atenta à realidade dos seus sujeitos considerando as suas necessidades, objetando a construção de um currículo que possibilite um conhecimento que não seja fracionado, mas mesclado, visando à emancipação do individuo sob uma perspectiva pós-crítica do currículo. Estes aspectos devem estar de forma clara no Projeto Político Pedagógico para que o Currículo possa se consolidar. Essa é uma tarefa difícil considerando a heterogeneidade da sala de aula e, muito mais, de uma unidade escolar ou um sistema, pois transitam nesse espaço modos de ser diferentes, culturas diferentes, diversidade linguística, formação do profissional de educação, em especial, do professor que se defronta todos os dias com o multiculturalismo.
A metodologia utilizada para esse compêndio foi à pesquisa exploratória, para conduzir o estudo foi utilizado à pesquisa bibliográfica com análise das informações em livros, artigos e periódicos com a abordagem qualitativa.
A partir dos pressupostos explícitos nas políticas públicas que concebe a escola inclusiva como sendo a proposta mais aceitável para garantia de uma educação democrática, esse estudo busca refletir se as propostas curriculares possibilitam ao surdo uma educação para formação da identidade, valorização da cultura