Curandeirismo e feitiçaria no nordeste brasileiro
O artigo tem como objetivo expor e exemplificar a prática do curandeirismo e feitiçaria no nordeste brasileiro de forma que possamos traçar um paralelo entre o seu uso e dificuldades no brasil colonial e sua prática na atualidade. Procuro trazer mais seu caráter histórico e informações recolhidas por meio de pesquisas e relatos oratórios.
O colonialismo foi marcado por um exacerbado misticismo, as viagens marítimas possuíam uma narrativa fantástica com criaturas desconhecidas e perigosas que causavam desconforto aos viajantes destas jornadas. A américa portuguesa sofreu estas mesmas descrições fictícias, onde a própria terra seria disputada por Deus e o Diabo e seus habitantes estariam imersos a esta disputa, mergulhando em territórios profanos, já que para os portugueses o demônio tinha maior destaque naquelas terras de nudismo, incesto, feitiçaria, canibalismo e inúmeros atos questionáveis.
O nordeste se destaca, devido ao tempo que levou para ser colonizado, onde a influência indígena, negra e ameríndios e seus rituais, junto com o uso recorrente de ervas e plantas, torou-se mais forte portanto mais difícil de ser extraída daquele povo. “Os brancos sempre foram minoria no Piauí colonial: Em 1697 representavam 35,3 % da população, baixando para 16,7% em 1772.” (Mott, Luiz). A pratica ritualística passou por diversas fazes de adaptação. Sua presença no folclore é bastante destacada, mas ainda possui sua utilidade em povoados menos favorecidos onde seus costumes e tradições se mantem fortes. Cidades interioranas do nordeste brasileiro se caracterizam neste aspecto.
“[...], a Capitania pernambucana era uma fonte de riqueza e de onde saiam muitos provimentos para a metrópole europeia; dessa forma as oportunidades de comércio e bons negócios era uma constante na realidade da população. Contudo, os moradores da Capitania conviviam com presença tanto de religiosos, que procuravam impor mais as regras que