Cultura e sociedade
01. Geertz define cultura como “teia de significados”. Explicite o pensamento do autor.
Geertz define a cultura como teia de significados que grupos humanos estabelecem nas relações entre si e com a natureza. Assim, pensar a cultura implica em interpretar esses significados e buscar os significados atribuídos às coisas para o Outro. O modo de vida e de pensamento conduz-nos à ordem simbólica e ao sentido e, conseqüentemente, cultura, sociedade, civilização e identidade tornam conceitos chaves. Pensar a cultura implica em: interpretar significados e buscar os significados atribuídos às coisas e às relações, desenhando o que é próprio e o que é o Outro; compreender a dinâmica que ocorre no diálogo entre alteridades é constitutiva da noção mesma de cultura e é permanente. A relação do homem com o mundo é sempre mediada por suas ferramentas. Ele constrói, apreende e interpreta a realidade a partir dos instrumentos que lhe são fornecidos pela cultura. Tecelão quase compulsivo de si próprio, borda sem cessar teias de significados para dar sentido ao mundo. Essas teias, onde se misturam pontos abertos e fechados, novos e antigos, e linhas de todas as cores, são a cultura. É a partir desse véu da cultura, dessas lentes, que vemos então as coisas, os outros, e a nós mesmos.
02. O que você entende por etnocentrismo? Explique o “perigo” da reação ao etnocentrismo. Eu entendo por etnocentrismo a avaliação de um grupo como sendo o centro dos outros grupos, pelos quais são submissas a este, uma vez que se consideram superiores aos outros, adotando sua cultura como a universal. Surgindo, então, o grupo do "eu" e o grupo do "outro", tendo o primeiro como real, absoluta e principal referência e o segundo como algo exótico, excêntrico, anormal, exuberante e primitivo. É dificultador na compreensão das outras culturas e da nossa própria cultura. E é no contexto do Descobrimento da América, que podemos analisar o ‘’perigo’’ dessa reação de