Cultura e industria cultural no brasil
Apesar do Rádio, na década de 20, ter chegado ao Brasil, é só a partir da década de 30, com o estabelecimento de um cenário tecnológico impulsionado por políticas de incentivo industrial que possibilitasse o acesso das famílias brasileiras àquela “caixa que fala”, que a produção radiofônica toma proporções nacionais, fortalecendo a incipiente Industria Cultural no Brasil, que desde a Revolução Industrial encontrara as condições necessárias para a propagação da cultura de massa, iniciada de forma pouco expressiva, quando analisada considerando-se com o alcance populacional brasileiro, com os folhetins, final do séc. XIX e princípio do séc. XX.
E, diante de um mecanismo de alcance nacional e, ao mesmo tempo, que despertava fascínio aos ouvintes, a possibilidade de propagação de informações, cultura erudita, popular e de massa de forma abrangente, conferiu ao estado a necessidade de regulamentação e normatização dessa atividade, que se via imersa em um contexto social de tensões e disputa política.
Dentre os principais representantes que encabeçaram os extremos dessa “tensão” política, estava, além de grupos eminentemente políticos, representantes de intelectuais e artistas, principalmente do movimento modernista, que já na década de 20, pleiteava dos personagens que representavam as diversas categorias da população, o reconhecimento de uma cultura eminentemente brasileira, valorização e proteção desta.
A criação do SPHAN, em 1937, ainda que com