cultura e indústria cultural no brasil
Lu Zheng ** * Tradução de Nadja Nicolaevski e Marcel Nicolaevski, a partir do original em inglês. ** Ph. D. em economia, professor e diretor do Instituto de Economia Industrial da
Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Beijing, China. É especialista em teoria e política do desenvolvimento econômico industrial.
1. Três Décadas de Desenvolvimento em Ziguezague
(1949-1978)
1.1. Ponto de Partida Histórico para o Desenvolvimento
Econômico na Nova China Antes de 1949, a China era um país não só semifeudal e se-micolonial, como também agrário extremamente subdesen-volvido.
A agricultura era responsável por 90% do valor da produção do país nesse ano, enquanto a indústria participava com míseros 10%. Ainda em 1949, o país tinha uma popula-ção total de 541,6 milhões de habitantes; a renda nacional atingia 35,7 bilhões de iuanes, perfazendo uma média de 66 iuanes, ou menos de 50 dólares, per capita; a produção de grãos era em média de 200 kg per capita; e a produção de óleo cru, eletricidade, aço, cimento, roupas e outros grandes produtos industriais era inferior à da Índia. Sobre essa base pobre e atra-sada é que a economia da Nova China deu partida (Tabela 1). Tabela 1 Comparação entre China, Estados Unidos e Índia na Produção dos Principais Produtos Industriais
1.2. Reabilitação e Desenvolvimento Econômico Nacional nos
Primeiros Anos Pós-Liberação (1949-1952) Após o estabelecimento da República Popular, a China imediatamente começou a cuidar das marcas da guerra e a res-taurar e desenvolver a economia nacional. As seguintes medi-das foram adotadas durante esse período:
1) Confisco da burocrática indústria, das finanças e do co-mércio capitalista das quatro grandes famílias – Jiang, Song,
Kong e Chen – e conversão desse patrimônio em uma econo-mia nacional, representando os interesses do povo de todo o país e permitindo, dessa forma,