Cultura e antropologia em gertz - resumo
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O CONCEITO DE ANTROPOLOGIA EM GEERTZ Antropologia é, para Geertz, a interpretação que se faz acerca de certa sociedade. Suas particularidades são absorvidas e processadas pelo antropólogo, que trabalha como um “transmissor” ou um “tradutor” para tais significados culturais; conversa com o nativo e tenta compreendê-lo. A Antropologia atenua a estranheza que se sente ao deparar-se com outros tipos de pessoas, justamente porque é uma adaptação erudita: aquilo que é diferente transforma-se em algo mais corriqueiro, de uma maneira que se tornam possíveis o respeito e até mesmo a admiração entre as diferentes sociedades. Ou seja, a Antropologia expõe a sociedade em questão, mas não a diminui em suas características primordiais ou em suas particularidades. Tais interpretações sociais devem ser fundamentadas ou guiadas por estudos anteriores (para confirmá-los, corrigi-los ou criticá-los) e também têm de ser capazes de resistir a novos fenômenos sociais. A Antropologia não é inteiramente científica, mas também não deve ser guiada pelo sentimento e pela intuição. É uma ciência complexa, pois quase nunca é possível compreender totalmente uma sociedade. “É intrinsecamente incompleta, o que é pior, quanto mais profunda, menos completa”. |
O conceito de Cultura, para Geertz, deve ser tomado como uma ferramenta na explicação do comportamento humano. Ferramenta esta que não é capaz de explicar tudo, mas explica “alguma coisa” e se foca em analisar “pequenos pedaços” de uma sociedade, no combate contra o conceito que define cultura como “o todo mais complexo”. Para Geertz, a Cultura é semiótica, ou seja, trata da análise dos signos (linguagem, manifestações simbólicas, etc.). É uma “teia” que determinada sociedade teceu em volta de si e está cheia de significados diferentes. A Cultura seria estratificada em diversos segmentos; acontecimentos e intenções distintos, mas que não são independentes. Ainda segundo Geertz, a discussão sobre o