Cultura Surda
A língua de sinais é o idioma natural dos surdos. Idioma natural, porque ela resulta de um paradigma de inerência, idiossincrático, que é a surdez. A língua de sinais é uma criação natural dos surdos, independentemente do lugar onde estejam radicados. Por outro lado, existe o conceito errático de que a língua de sinais é também a língua materna de qualquer surdo.
Por língua materna entende-se o primeiro idioma da pessoa, absorvendo-o e usando-o na comunicação com os seus próximos.
Por anos, muitas pessoas acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que superprotegem seus filhos surdos ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Isso faz com que alguns surdos se sintam oprimidos e incompreendidos.
Todos sentem a necessidade de ser entendidos. Aparentes inabilidades podem empanar as verdadeiras habilidades e criatividades do surdo. Em contraste, muitos surdos consideram-se “capacitados”. Comunicam-se fluentemente entre si, desenvolvem autoestima e têm bom desempenho acadêmico, social e espiritual. Infelizmente, os maus-tratos que muitos surdos sofrem levam alguns deles a suspeitar dos ouvintes. Contudo, quando os ouvintes interessam-se sinceramente em entender a cultura surda e a língua de sinais natural,