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A produção arquitetônica brasileira atual é o reflexo de sua sociedade, das cidades brasileiras, e o que há em comum entre todas elas, o desenvolvimento não tão eficaz em termos urbanísticos. O nosso país possui uma história arquitetônica significativa, se destacando internacionalmente por alguns anos com a arquitetura moderna brasileira, citando como exemplo um dos nomes mais conhecidos nacionalmente e internacionalmente, Oscar Niemeyer. Após esse período de destaque em relação a produção arquitetônica, o cenário nacional foi se modificando com um tempo, sendo reflexo da sociedade e suas mudanças, incluindo também as transformações ocorridas nas principais cidades e seus modelos de desenvolvimento. Um dos pontos a ser levantados sobre o panorama atual desta produção arquitetônica, é a repetição de soluções, de obras, de edifícios, principalmente no mercado imobiliário, onde nos últimos anos tem crescido bastante em números de lançamentos, mas que contribuem em geral para uma certa restrição de ideias e liberdades criativas nas mãos do arquitetos, sendo os mesmos limitados em relação a vários itens, principalmente em relação direta com a economia e margem de lucro das incorporadoras. Neste modelo de produção, visando o lucro, muitas capitais brasileiras são acometidas por esse mesmo mal, que transformam paisagens antes particulares e simbólicas, em locais que se repetem em várias outras cidades, ignorando muitas vezes a relação com o entorno e com a identidade da própria cidade.
Apesar destes pontos citados, ainda existe uma produção arquitetônica contemporânea significativa nas cidades brasileiras. Onde podemos notar uma maior possibilidade de liberdade criativa na arquitetura, são nas obras que não possuem relação direta com o mercado imobiliário, edifícios em geral não verticais, residenciais ou de escritórios. E é nesse contexto que entra os 4 edifícios aqui analisados o Museu Cais do Sertão em Recife, a Estação Cabo Branco em João Pessoa, a Arena do Morro