Cultura organizacional

Resenha do artigo “Cultura Organizacional”, da Elsa Barbosa, extraído da sua Tese de Mestrado em Políticas de Desenvolvimento dos Recursos Humanos – ISCTE, 2000.

Autora procura discutir na sua tese as questões prementes sobre a cultura organizacional, como sejam: i) se a cultura é mais uma variável dentro da organização ou em si a organização é uma cultura, ou melhor a profundidade dos dois elementos quanto à sua génese, o que surge primeiro a organização ou a cultura ou são concomitantes; ii) se a organização é uni ou pluricultural; e iii) a mutabilidade de uma cultura organizacional, ou seja a cultura organizacional é passível de ser mudada ou não. Estes três pontos vão apelar às outras discussões nomeadamente, como se forma e como se mantém uma cultura organizacional; como podemos identificar uma cultura; e quais seriam então as tipologias da cultura organizacional.

Embora reconhecendo que existe diversidade de percepções entre os pesquisadores, a autora delimita a sua percepção ao conceito de SCHEIN (1984), segundo o qual a cultura está disposta em três níveis: os artefactos observáveis (comportamento observável, incluindo indumentária, os produtos e os relatórios); valores (conhecimento explícito: normas conscientes e explicitamente articuladas); e pressupostos básicos (crença: significado, sentido que se dá aos valores; inconsciente).

Primeiramente a autora procura discutir a questão de se saber se a cultura é uma variável dentro da organização ou uma metáfora. Aí duas perspectivas se desenvolvem, uma centrada no processo e outra centrada no conteúdo. Primeira vai sustentar que a organização é uma cultura. Esta corrente vê a organização como um símbolo cultural, sustentado por um sistema de significados comuns que permite o desenvolvimento, a manutenção e modificação da vida organizacional (Gomes, 1994). A segunda vai defender que a cultura é uma variável organizacional que objectiva a adaptação interna e externa da organização.

A cultura