Cultura, mudança organizacional e relações de poder
Faculdade de Economia da Universidade do Porto
1. Introdução
O objectivo deste trabalho é uma reflexão acerca dos conceitos cultura, mudança organizacional e relações de poder numa Instituição de Ensino Superior.
Sobre esta temática foram assimilados conceitos como a cultura e mudança organizacional, relações de poder, equipas, indivíduos.
Antes de ilustrarmos os conceitos apreendidos nestes temas, gostaríamos de referir que este trabalho tem uma sequência similar à forma como estes foram abordados.
Ao analisarmos a cultura organizacional de uma Instituição conseguimos compreender a sua estrutura organizativa. Segundo Infestas Gil (1991) a cultura organizacional permite relacionar e aplicar variadas noções que até há pouco tempo eram consideradas factores passivos: os valores, a qualidade de vida no local de trabalho, a identidade.
A cultura de uma organização é um conjunto de características que a torna única perante qualquer outra, isto é, são os valores expressos através de rituais, dos mitos, dos hábitos e das crenças comuns aos membros da organização, que produzem condutas de comportamento específicos dessa organização e que são genericamente aceites pelos membros dela. A cultura de uma organização é socialmente construída, desenvolve-se ao longo do tempo e é extremamente difícil de mudar.
Neste trabalho explanaremos resumidamente as abordagens sobre cultura organizacional de Linda Smircich, Edgar Schein e Joanne Martin.
Linda Smircich (1983) faz uma distinção entre a cultura como algo que a organização tem e cultura como algo que a organização é, isto quer dizer, que podemos ver cultura como uma variável ou como uma metáfora. Cultura como variável quer dizer, que as organizações produzem traços culturais mais ou menos distintos, tais como valores, normas, cerimónias e expressões verbais que afectam o comportamento dos seus membros. Nesta