culpa das estrelas

A história de Hazel Grace não é a história de uma adolescente qualquer. Ela lida com um câncer na tireoide desde os 13 anos que, para seu azar, evoluiu com metástase para o pulmão. Graças ao uso de uma medicação que não era conhecida por bons resultados clínicos, Hazel sobreviveu a uma situação clínica considerada quase irreversível, sendo considerada um milagre momentâneo pela equipe médica (ou uma granada, por ela própria). Diagnosticada com depressão pela mãe e sua oncologista, Hazel é aconselhada/obrigada a frequentar um grupo de apoio de jovens com câncer, local onde conhece o simpático Augustus Waters (Gus), vítima de um osteoblastoma em recessão, que lhe ensina uma nova maneira de olhar para a vida. Este é o início da história que pode ser considerada o romance do ano, por nós, apaixonados por histórias verdadeiras. A graça de “A Culpa É Das Estrelas”, adaptação do romance teen homônimo de John Green, é que o câncer, apesar de ser um dos temas que carregam a história, não é a força motriz do livro e nem de sua adaptação para o cinema. “A Culpa” é, genuinamente, uma história de amor.

Josh Boone, John Green e os roteiristas Scott Neustadter e Michael Weber conseguiram trazer para a tela um drama que não exagera no romance, nas declarações de amor piegas e na tragédia de uma trajetória terminal. Este mérito, entretanto, deve ser dividido com a dupla de atores Shailene Woodley e Ansel Elgort, respectivamente Hazel e Gus, que entregaram para sua audiência uma overdose de química em cena, considerada por muitos fãs muito maior do que a já existente nos livros. Recheado de referências pop, tanto nos diálogos entre os adolescentes, quanto na bem elaborada trilha sonora, “A Culpa” é um filme que deve ser assistido por todas as faixas