CUIDANDO DO AMBIENTE
A sobrevivência da espécie humana e as condições de vida no planeta terra são sem dúvida, os principais motivos para que o discurso ambiental passe da agenda científica ao cenário político e social da atualidade. A necessidade da perpetuação da espécie humana potencializada pelo desenvolvimento tecnológico e institucional fez com que o ambiente humano ascendesse a um patamar de visibilidade nunca observado nos séculos anteriores. Nesta perspectiva, examina-se a relação entre a produção de resíduos, o desequilíbrio ecológico e o estágio atual de desenvolvimento das forças produtivas, dentro da racionalidade do sistema de produção do capitalismo avançado, baseado na exacerbação do consumo e do descarte. Conclui-se que, na hipótese de um processo real de sustentabilidade, controlado pelo Estado – para além da regulação sociotécnica e econômica por um sistema de gestão integrada, desde a produção do lixo-resíduo-mercadoria, até a disposição final e a re-introdução do mesmo na cadeia produtiva – seria necessário contar com a disposição da gestão pública no sentido de programar processos coletivos capazes de atuar sobre as dimensões culturais e educacionais da sustentabilidade, alterando os padrões sociais de produção e consumo.
Palavras chaves: Sociedade, sustentabilidade, resíduos sólidos, gestão pública.
1-Introdução: As necessidades dos seres humanos não são nem ilimitadas, nem biologicamente fixadas, mas constantemente redimensionadas e condicionadas socialmente de acordo com as potencialidades e determinações produtivas do intercâmbio metabólico estabelecido com a natureza. O capitalismo avança por meio de uma crescente subordinação das necessidades socialmente determinadas pelo mercado. Isto se efetiva pelo antagonismo permanente entre a constante reconversão dos meios de produção em capital e a satisfação social das necessidades humanas (Zanetti 2009).
A poluição do solo e de águas superficiais e subterrâneas, provocada por