A arte de copiar
ESTERILIZAÇÃO: DISPONIBILIDADE, USO E FATORES
INTERVENIENTES À ADESÃO1
Anaclara Ferreira Veiga Tipple*
Hiany Thomaz Aguliari **
Adenícia Custódia Silva e Souza ***
Milca Severino Pereira ****
Alline Christiane da Cunha Mendonça *****
Colombina da Silveira ******
RESUMO
O reprocessamento de artigos odontomédico-hospitalares tem relação com o risco biológico, tanto para os trabalhadores, pela inerente exposição à matéria orgânica, quanto para os pacientes nos quais estes artigos são utilizados. Este estudo descritivo foi realizado em 12 hospitais de Goiânia, GO de julho/2004 a julho/2005 e seus objetivos foram: identificar a adoção de equipamentos de proteção pelos trabalhadores de centros de material e esterilização; identificar a disponibilidade destes equipamentos nos serviços e estabelecer os fatores facilitadores e dificultadores de sua adoção. Participaram voluntariamente 64 trabalhadores. Os dados foram obtidos por meio de observação e entrevista e foram processados pelo programa Epi Info. Não houve coerência entre disponibilidade e uso dos equipamentos de proteção, bem como com a compreensão dos trabalhadores quanto à sua importância. Os fatores da não-adesão foram: de cunho individual, falta de estrutura física e recursos materiais, e relacionados à estrutura organizacional. Estes fatores atuaram de maneira sinérgica para o que foi considerado “situação de risco” do trabalho em Central de Material de Esterilização (CME), tanto para trabalhadores quanto para os clientes.
Palavras-chave: Exposição a Agentes Biológicos. Riscos Ocupacionais. Equipamentos de Proteção.
INTRODUÇÃO
Dados históricos revelam que os responsáveis pelo processo de mumificação utilizavam meios de proteção para mãos e rosto, o que poderíamos considerar, hoje, como os ancestrais dos equipamentos de proteção individual (EPI)(1), evidenciando que a preocupação em se proteger remonta ao tempo do Antigo Egito.