saude coletiva
A EVOLUÇÃO DO ENSINO DE ENFERMAGEM NO BRASIL: UMA REVISÃO
HISTÓRICA
Cristiane Aparecida Silveira*
Sônia Maria Alves de Paiva**
RESUMO
No Brasil, o ensino da enfermagem tem sido historicamente marcado pela constante implementação de mudanças curriculares nos cursos de graduação e discussões de propostas pedagógicas, passando por várias fases de desenvolvimento ao longo dos anos. O presente estudo é uma pesquisa bibliográfica e documental realizada através da análise de artigos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online e DEDALUS, internet e livros da área. Constatou-se que na maioria das mudanças curriculares no ensino de enfermagem no Brasil houve a predominância do modelo médicohospitalar. Esse modelo centra a formação do enfermeiro no curativismo e na assistência hospitalar, seguindo o mercado de trabalho específico de cada época, situação que se busca superar com as Diretrizes Curriculares para o Curso de Graduação em Enfermagem. Atualmente a formação do enfermeiro brasileiro vivencia processos inovadores, com base nas tendências expressas pelas políticas brasileiras de educação e saúde.
Palavras-chave: História da Enfermagem. Ensino. Enfermagem.
INTRODUÇÃO
No Brasil, o ensino da enfermagem foi primariamente realizado por instituições religiosas, sem um currículo sistematizado ou programa formal. O aprendizado dava-se empiricamente, sem uma base científica(1).
A enfermagem moderna ou o ensino de enfermagem sistematizado, com base nos princípios científicos do modelo de Florence
Nightingale, no Século XIX, só teve início no
Brasil em 1923, para atender o contingente da população brasileira acometido pelas grandes epidemias e à necessidade de mão de obra especializada para combater as doenças infectocontagiosas(2). No início a enfermagem brasileira reproduziu o modelo norte-americano de assistência e ensino e