Saude coletiva
Adotando-se como guia analítico o conceito de campo torna-se menos difícil a compreensão da multiplicidade e da coexistência (por vezes conflituosa) dos saberes e práticas na saúde coletiva. Essa categoria nos permite ver como um domínio específico de saberes e práticas distribui hierarquicamente seus discursos e os atores/agentes que os emitem num conjunto semiestruturado em contínuo processo, em que a disputa por "espaços discursivos" gera conflitos, pois a busca do poder simbólico
Em outras palavras: o campo da Saúde Coletiva pode ser caracterizado por sua irredutibilidade tanto discursiva quanto prática e expressiva de sua produção a um "modelo ou paradigma único". Coexistem, portanto, no campo, de modo integrado ou paralelo, três modelos discursivos, tanto em relação aos saberes disciplinares, como em relação às práticas de intervenção e às formas de expressão científica (artigos, livros, capítulos, projetos e programas de intervenção e avaliação).
Pode-se entender a saúde coletiva como campo científico, onde se produzem saberes e conhecimentos acerca do objeto “saúde” o onde operam distintas disciplinas que o contemplam sob vários ângulos e como âmbito de praticas, onde se realizam ações em diferentes organizações e instituições por diversos agentes (especializados ou não) dentro e fora do espaço convencionalmente reconhecido como “setor da