Cuidados Paliativos
FACULDADE DE MEDICINA
Neuropsiquiatria Geriátrica
CUIDADOS PALIATIVOS NO IDOSO
Graduando do 100 período de Medicina
Belo Horizonte
18/06/2013
1-INTRODUÇÃO
“Dar mais vida aos dias do que acrescentar dias à vida” (C. Saunders)
Nosso país vive um momento de modificação profunda da estrutura etária da sociedade, com aumento substancial da população idosa, sobretudo nas últimas duas décadas. De forma conjunta e digno da maior atenção, é o fato concomitante de aumento da prevalência de doenças crônicas e avançadas nessa fase da vida, o que gera dependência progressiva, e a necessidade de cuidados específicos, aumentando a taxa dessa população que necessita de cuidados hospitalares ou em seus domicílios.
Há que se ressaltar ainda que os hospitais, muita das vezes, são forçados a realizar a desospitalização precoce, diante da necessidade de ocupação de leitos por pacientes em situações agudas, restando à família a tarefa de cuidador. A maior vulnerabilidade às doenças crônicas observada nas pessoas idosas decorre de alterações na própria fisiologia, ao longo da vida, as quais ocasionam o declínio de suas funções orgânicas e, consequentemente, de sua qualidade de vida, podendo dessa forma, levá-las a um estado terminal inexorável. Diante de tal cenário, inserem-se os Cuidados Paliativos destinados aos pacientes idosos, como importante e nova modalidade de cuidado destinado a esseste grupo populacional, essencialmente, devido às alterações sistêmicas dos idosos durante o processo natural de envelhecimento. Distante do sentido usual que o termo “paliativo” assume em linguagem corrente, seu significado deriva do latim pallidum, que faz referência ao “manto usado pelos peregrinos durante suas viagens em direção aos santuários para protegê-los das intempéries”. (Bettega, 2009). Decorre daí, a analogia com o cuidado paliativo que, segundo esse mesmo autor, “tem o objetivo de