Crônica dos eventos sobre o desenvolvimento da Vale
A ação precursora da exploração das reservas de minério de ferro brasileiras foi feita pelo presidente Nilo Peçanha em 1909, quando ele enviou uma mensagem ao congresso que mais tarde se tornou decreto (n° 8.019), onde: " concedeu favores e privilégios às empresas ou indivíduos, nacionais ou estrangeiros, que se propusessem a instalar estabelecimentos siderígicos no Brasil." (SILVA, 2004). Nesse contexto, a Brazilian Hematitie Syndicate, empresa de engenheiros ingleses, adquire um área de 76.800 km² na região de Itabira (MG), local onde se localizava uma grande jazida de minério de ferro. Desde 1909 havia uma negociação com a estrada de ferro Vitória-Minas com intuito usá-la para transportar o minério de ferro. A Estrada de Ferro Vitória-Minas foi organizada em 1901 para escoar a produção agrícola do vale do rio Doce, começou a ser construida em 1903. A principio seu traçado seria de Vitória (ES) à Peçanha-MG, depois modificado para Diamantina (MG). Nessas negociações, a Brazilian Hematite Sindicate adquiriu parte majoritária da estrada Vitória-Minas e também firmou acordo com a companhia do porto de Vitória para exportação de minério. Eles também pediram ao governo alteração no traçado da estrada de ferro, que atendeu prontamente. A empresa ficou responsável pela construção de um usina siderúrgica. Com todos os acordos fechados, em 1911 criou-se então a empresa Itabira Iron Ore Company.
Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o projeto de contrução da usina siderúrgica, da estrada de ferro e da mineiração ficou estacionado. A guerra provocou o fechamento do mercado europeu, o que gerou a ausência de recursos para financiar esses empreendimentos. Nesse contexto, a Itabira