Mitos e verdades sobre a tcc
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A Terapia Comportamental-Cognitiva tem sido alvo de muitos preconceitos. Esses julgamentos errôneos provavelmente se originaram com o behaviorismo metodológico, a primeira tentativa de sistematização de uma ciência do comportamento, feita por Watson (1879-1958). Watson negava totalmente tudo que se referia à mente (emoções, sentimentos, consciente, inconsciente) e se concentrou apenas no comportamento que podia ser observado. Entretanto, como toda ciência, a TCC evoluiu e com o desenvolvimento do behaviorismo de Skinner, passou a considerar a importância dos sentimentos e pensamentos. Além disso, a vertente cognitiva, de Aaron Beck, passou a dar mais ênfase aos pensamentos. Abaixo se encontram algumas das principais dúvidas em relação à TCC e seus esclarecimentos. 1. A TCC pode ajudar alguém que procura terapia apenas para autoconhecimento?
Sim! Criou-se um mito de que a Terapia Comportamental-Cognitiva é superficial, não sendo eficiente para pessoas que procuram terapia apenas para se conhecer melhor, e que não tenham nenhum distúrbio psiquiátrico. ISSO NÃO É VERDADE! A TCC com o objetivo de autoconhecimento visa levar a pessoa a perceber seu modo de agir, pensar e sentir de maneira mais abrangente e em quaisquer contextos, compreendendo relações que a própria pessoa ainda não havia tomado consciência. A melhora da qualidade de vida decorre da auto-descoberta e da reaprendizagem de novas relações. 2. Por que a TCC usa ratos para fazer pesquisas se a terapia é feita com seres humanos?
A TCC é uma ciência e, como toda ciência, busca respostas objetivas e que podem ser quantificadas. As pesquisas básicas em TCC são feitas com ratos assim como as pesquisas em medicina também se utilizam de ratos. Isso ocorre porque é mais fácil estudar primeiro um organismo mais simples (como o de um rato) para depois compreendermos um organismo mais complexo, como o humano. Além disso, os estudos com ratos permitem eliminar a interferência que