Crítica à novela: Copo de Cólera

Um copo de Cólera
Raduan Nassar
Maycon Esteves Mendes Soares1

Este livro é uma obra totalmente diferente e quebra os paradigmas da literatura, pois escreve de forma descontinuada e sua pontuação é totalmente contrária as regras oficiais e indicações para se escrever.
Sua estrutura textual é única e confusa. Talvez uma das características mais evidentemente esdruxula é o capítulo “O Esporro”, que é composto por um único parágrafo que se discorre por trinta e seis páginas sem uma única pontuação, impressionantemente o autor escreve em quase quarenta linhas sem um único ponto.
Além de sua obra ser extremamente confusa porque falta pontuação para dar esclarecimento, sua obra é também com um cunho erótico malicioso que perverte a relação sexual entre um homem e uma mulher reduzindo-a quase a um simples ato físico. Além de expor uma relação entre homem e mulher doentia e pervertidamente voltada para o sexo quase que animalmente irracional.
Com conceitos reducionais transforma a mulher quase que em um objeto que deve ser ignorada e mau-trada, que serve unicamente para tocar e para realizar nela uma usurpação de prazer e carinho que satisfaça o homem, e após ignorá-la e trata-la com desdenho e perversidade envolvendo a pornografia implícita.
Esta obra não só é um reducionista como também deturpa os conceitos que essenciais para construção do ser humano; detalhando situações doentias e voltadas para o pansexualismo e irracionalidade dos sentimentos.
Isso fica bem evidente nas personagens: um homem (que não se diz seu nome em nenhum momento da obra) e sua mulher (que não se diz seu nome em nenhum momento da obra) em relação doentia e voltada para o sexo pervertido e para o paradoxo de uma relação que ora esta na cama hora sem conversar.
A novela “Um copo de cólera” é sem dúvida desconstrutiva e com cunho doentio, sua estrutura textual é totalmente esdruxula e sem conceito literário.

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Formando do Seminário Propedêutico São José – Sales