Crítica do filme: o primeiro mentiroso
Abordando Nietzsche.
No filme as pessoas vivem sem saber ou crer na existência de num Deus. E que mesmo assim possuem casas, empregos, famílias, ou seja, a vida existe, segue. Porém, o filme mostra uma cidade, e por que não dizer um mundo, superficial, arrogante, fútil, cruel, mesquinho, egoísta, preconceituoso e acima de tudo, infeliz! Mas espera ai, o mundo real também não é assim? Com certeza é! Mas existe uma grande diferença entre o filme e a vida real, por mais difícil que seja para alguns acreditarem na existência de um Deus que tudo sabe, que é amor, compaixão, fidelidade, longanimidade, força e também justiça, existem outras pessoas que não só acreditam, como também conseguem sentir, sentir algo tão inexplicável que só mesmo quem O conhece e O sente verdadeiramente entenderá. Essas pessoas têm defeitos e cometem pecados, mas de algum modo são felizes, elas veem injustiça, morte, maldade, mas mesmo assim conseguem superar e transmitir aos seus um pouco de sentimento bom. Se emocionam com seus semelhantes e isso de alguma forma as fazem viver em um mundo muito melhor do que o ambiente relatado no filme. Bom e como a matéria é Sociologia e Nietzsche está também em pauta, deixo uma pergunta para todos, que modelo de sociedade foi àquele apresentado no filme? As relações sociais descritas lá são as almejadas pelos sociólogos, filósofos e demais estudiosos? Bom, eu creio que não.
Pelo pouco que li, pude perceber que Nietzsche foi um homem inteligentíssimo, ateu, elegeu a si mesmo como força absoluta (“um deus dança dentro de mim”). E se deu mal. Viveu uma vida só e morreu ainda mais só. O que ele mais buscava era o autocontrole e isso ele não conseguiu, há relatos inclusive de que ele teve uma relação incestuosa com sua irmã. No filme as pessoas não eram “contraladas” pelo arcabouço moral da religião, pq não existia religião, mas elas eram dominadas por vários arcabouços, como por exemplo, o medo, a infelicidade e a