Croce
Primeiramente, o que devemos falar a respeito do historiador, filosófo e político italiano, Benedetto Croce, é que tanto o historiador quanto o artista possuem em comum a tarefa de compreender as coisas e os fatos acontecidos em suas particularidades. Para ele o historiador em seu fazer deve ser comparado muito mais a um artista do que a um cientista, pois os cientistas buscam nos eventos singulares colocá-los no âmbito da universalidade, enquanto pra ele o historiador se mantém no particular. Assim se torna nítida, a visão de tal pensador que a História não corresponde a uma ciência, mas se aproxima muito mais a uma arte.
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Croce nos quer diferenciar, em seu sitema filosófico, o conhecimento histórico do conhecimento científico em suas formas distintas de atividade mental e começa o texto com a frase que hoje é célebre entre todos os historiadores, “A Verdadeira História é a História Contemporânea.”
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Assim segundo ele, a história surge como parte de uma estrutura espiritual da época em que se insere tal historiador, o eu sempre presente, coincidindo sua criação com seu devir. Como ele mesmo exemplifica tal ação: “é, por exemplo, a história que faço de mim próprio enquanto vou compondo estas páginas, é o pensamento da minha composição inevitavelmente ligado ao meu trabalho de compor.” Acerca do nosso tempo, pode se tornar como algo, se nos for permitido tal uso, besta, por se tratar de algo predominante no nosso ofício, inerente a nós historiadores em formação ou experientes. Porém, se tratando em seu tempo de algo inovador. Se vimos em Dilthey, a composição de diferenciar epistemologicamente às ciências do espírito das da natureza e a concepção subjetiva dada às do espírito e nisso implicitamente o “presentismo” no tratar o fazer histórico, aqui na obra do italiano, notamos a presente criação explícita desse